Quando falamos em gestão de marcas, entendemos ser um processo coletivo, realizado por um grupo de profissionais, entre eles, designers.
“Quanto mais as empresas passam a enxergar design como uma oportunidade de gerar negócios, maior fica a responsabilidade e o escopo de atuação dos designers dentro dessas mesmas empresas. O conselho aqui é: embrace the chaos.” Fabricio Teixeira, Design Director na Work & Co
Há mais de uma década o design tem sido visto com mais e mais interesse por executivos e estrategistas brasileiros, refletindo um movimento global: a inclusão do design como fator importante no desempenho das empresas.
Porém, a atitude inversa tem sido pouco notada. Tenho visto poucos designers gráficos demonstrando interesse no mundo dos negócios e isso, para mim, é um problema.
Se alguns ainda acham que ser conhecedor dos aplicativos gráficos e saber reproduzir as tendências visuais é o que importa, precisamos conversar. Em tempos de serviços de design online, o papel do designer precisa ir além da estética.
Os aplicativos gráficos e as plataformas de crowdsourcing – do tipo Canva e WeDoLogos – estão aí para atender empresas que precisam criar uma imagem, seja sozinhas ou com um designer. Nossa formação e busca contínua de aperfeiçoamento nos proporciona a possibilidade de uma atuação profissional que vai bem além de criar um logotipo.
Fazer parte de um projeto de marca, apenas na sua fase final, pode ser frustrante. Mas para poder contribuir, é importante entender como são tomadas as decisões nas empresas. Desse modo, o designer deixa de ser o executor de uma estratégia para ser um parceiro estratégico nesse processo.
Isso significa, por exemplo, fazer parte na decisão sobre a diferenciação adequada de um serviço ou produto; na escolha dos canais utilizados para a comunicação ou na definição da jornada do usuário – somente possível quando temos entendimento sobre negócios e administração: comunicação, usuários, concorrência, métricas, estratégia entre vários tópicos.
Sim, isso implica em mais estudo e na ampliação das áreas de interesse do designer. É a forma de, realmente, fazer a diferença nos projetos e nas empresas com quem trabalhamos. Acho isso muito estimulante e gratificante, e tem me guiado há vários anos.
Se quiser começar essa jornada, acho que vai gostar destes links:
Pequenas Empresas, Grandes Negócios https://revistapegn.globo.com/
Época Negócios https://epocanegocios.globo.com/
Inc. https://www.inc.com/
The Economist https://www.economist.com/
Fast Company https://www.fastcompany.com/
O Mito do Empreendedor, de Michael E. Gerber goo.gl/FFJ9mv
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Claudia El-moor www.eyedesign.com.br
Após ter trabalhado em grandes estúdios de São Paulo, desde 1997 atuo no desenvolvimento de identidades corporativas como diretora de criação e sócia da Eye Design, realizando projetos de criação e gestão de marcas, design editorial e promocional.
Me especializei em Gestão de Marcas no Canadá, após ter estudado Design Gráfico no Brasil e na Itália. Sou atuante nas associações de design ADG Brasil e Adegraf, participando de suas diretorias, conselhos e do Júri da Bienal Brasileira de DesignGráfico e do Prêmio CLAP.